quarta-feira, 23 de maio de 2012

Bullying: a violência na escola


“Estou cansada de ouvir falar de bullying. Agora, a gente não pode mais brincar que todo mundo já diz que estamos fazendo bullying. Meus pais sempre brincaram – e foram zoados também – e sobreviveram; agora é tudo bullying...”
Cena do seriado Todo Mundo Odeia o Chris (Everybody
Hates Chris
)
, cujo personagem principal sofre bullying por ser
negro e viver em um bairro pobre de Nova Iorque.

Ouvi esta citação acima de uma aluna do Ensino Médio, enquanto fazia o meu estágio supervisionado. Ela veio de encontro ao que estou estudando durante as microaulas da disciplina Práticas e Projetos Educacionais e me fez refletir sobre a importância do assunto, afinal, até que ponto uma brincadeira é inofensiva, quando ela se torna bullying?!

A palavra bullying designa qualquer ato agressivo (físico e/ou psicológico) feito entre os estudantes, no ambiente escolar (próximo dele ou na Internet – modalidade conhecida como cyberbullying). Estas atitudes são feitas pelos alunos para chamar a atenção, são pensadas e repetitivas.

Agressor (autor)
Os motivos que levam uma pessoa a adotar tal prática, são variados: sensação de poder, ser vítima de violência doméstica/familiar e ganhar popularidade dentro de um grupo (fixar a imagem dentro da convivência no grupo) estão entre os principais fatores de se tornar um agressor. Ainda sobre o autor, ele costuma ser popular, antissocial, agressivo, com uma autoestima elevada e, claro, tem prazer em dominar.

Vítima (alvo)
Por outro lado, a vítima é mais frágil e fica com um sentimento de inferioridade. É muito comum ela acreditar que o argumento do agressor é uma verdade absoluta que não pode ser mudada (se a chamam de feia, ela acredita que realmente o é).

Alvo/autor
Apresenta tanto as características do agressor, quanto as da vítima. Se por um lado sofre o bullying, passa a praticá-lo com outras pessoas para encobrir suas limitações.

Consequências
As consequências do bullying são variadas, afetando a saúde (psicológico, baixa autoestima, depressão, estresse que pode levar ao suicídio) e o aprendizado (déficit de concentração, queda de rendimento, reprovação).

O que fazer?!
Os pais devem observar as mudanças de comportamento de seus filhos, se notarem algo estranho, além do diálogo, devem buscar a equipe da escola e um apoio psicológico. É importante que os responsáveis não incentivem a violência (ao dizer para os filhos revidarem uma agressão, por exemplo).

Já os professores devem observar para distinguir piadas de agressões. Caso presencie algum ato violento, é essencial e impreterível uma intervenção. Interferir no exato momento de violência faz com que todos os alunos (agressor, vítima e espectadores) fiquem cientes do quanto à atitude de bullying é errada. Além disso, encaminhar o caso a direção serve como formalização da punição da violência.

A escola deve envolver sua comunidade (pais, alunos, professores e demais funcionários) em um processo de conscientização, promovendo os valores sociais, ensinando a todos aprenderem a ser e a conviver. É importante que este tema seja abordado de forma dinâmica, para que todos possam compreender a relevância e o impacto do bullying na vida de quem é vítima, deixando de acreditar que isso é apenas um chlichê.

Para trabalhar o assunto: 
Sugestão de leitura:
Livro: Bullying - Mentes Perigosas na Escola
Autora: Ana Beatriz Barbosa Silva
Editora: Objetiva/Fontanar
Sinopse: Em 'Bullying - Mentes perigosas nas escolas', a dra. Ana Beatriz faz uma análise sobre um dos tipos de violência que precisa ser combatido. O livro faz uma investigação do problema, apresentando informações aos pais, professores, alunos e profissionais de diversas áreas para identificar esse tipo de violência e suas consequências, como também o que se pode fazer para combatê-la.
Link do livro no skoob.


Sugestão de vídeos:





__________________
*Dica dos meus colegas de classe, que apresentaram este tema para a turma.

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